Catarata e estigmatismo:
quando indicar lente tórica?”
Dr. Tiago Prata é referência nacional em catarata e realiza procedimentos com técnicas modernas e máxima segurança.
Catarata e astigmatismo: quando indicar lente tórica?
Ao operar catarata, muitos pacientes também têm astigmatismo. Nesses casos, a lente intraocular tórica pode melhorar a nitidez para longe e reduzir a dependência de óculos. Entenda quando ela é indicada, como funciona e quais são as expectativas realistas.
É uma irregularidade do poder refrativo do olho (geralmente na córnea) que causa borrão em todas as distâncias. Não é “doença”, é um tipo de grau.
- Comum em diferentes idades.
- Pode coexistir com miopia/hipermetropia.
- Corrigido por óculos, lentes de contato ou lente tórica na cirurgia.
É uma lente intraocular com cilindro incorporado para corrigir o astigmatismo durante a cirurgia de catarata.
- Requer alinhamento preciso do eixo.
- Existe versão monofocal, EDOF e multifocal com componente tórico.
Quando indicar lente tórica na cirurgia de catarata
- Astigmatismo corneano clinicamente significativo.
- Busca de nitidez para longe com menor dependência de óculos.
- Topografia/biometria estáveis e sem irregularidades importantes.
- Irregularidades corneanas (ex.: ceratocone não estabilizado).
- Superfície ocular instável (olho seco grave) sem otimização prévia.
- Expectativas incompatíveis (promessa de 100% sem óculos em todas as distâncias).
Como é o planejamento para lente tórica
- Biometria com fórmulas atualizadas e avaliação do astigmatismo corneano total.
- Topografia/tomografia para mapear regularidade e eixo.
- Otimização da superfície ocular (tratamento de olho seco, se necessário).
- Marcação do eixo tórico e alinhamento preciso da lente.
- Checagem de rotação pós-operatória.
- Acompanhamento para avaliar nitidez e eventual ajuste óptico.
Tórica x incisões relaxantes x óculos: qual estratégia?
| Opção | Vantagens | Limitações | Perfil indicado |
|---|---|---|---|
| Lente tórica | Correção estável do astigmatismo; maior nitidez para longe | Exige alinhamento e estabilidade rotacional | Astigmatismo corneano significativo e regular |
| Incisões relaxantes | Podem reduzir astigmatismo leve | Precisão menor que a tórica em muitos cenários | Astigmatismo baixo; quando tórica não é opção |
| Óculos | Simples e sem intervenção extra | Dependência de óculos para longe | Astigmatismo leve ou pacientes sem demanda de independência |
Expectativas realistas
- Melhora da nitidez para longe é o principal ganho; perto/intermediário dependem do tipo de LIO (monofocal, EDOF, multifocal).
- Pequenas variações residuais podem ocorrer; óculos pontuais podem ser úteis para tarefas específicas.
- Em casos selecionados, reajuste (ex.: rotação) pode ser considerado se houver desvio significativo do eixo.
Sinais de alerta pós-operatórios
- Queda súbita da visão.
- Dor intensa ou vermelhidão importante.
- Visão inclinada/distorta que não melhora.
- Não interromper colírios por conta própria.
- Registrar quando começaram os sintomas.
- Entrar em contato com a equipe assistente.
Perguntas frequentes (FAQ)
Se o astigmatismo corneano for relevante e o olho for regular e estável, a tórica costuma ser uma ótima opção para melhorar nitidez de longe.
Em muitos casos, reduz bastante a dependência. Pequenas correções residuais podem permanecer; o objetivo é maior nitidez sem óculos para longe.
Sim. Existem versões tóricas de EDOF e multifocais. A escolha depende do seu perfil visual, exames e expectativas (inclusive sobre halos/glare).
Pequena rotação pode ocorrer; o especialista avalia se há impacto na visão. Em casos selecionados, é possível reajustar a posição.
Este conteúdo é educativo. A indicação de lente tórica deve ser definida após avaliação completa dos seus exames e necessidades visuais.
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Dr. Tiago Prata
CRM: SP 109791
Professor do Departamento de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP.
Possui ampla experiência clínico-cirúrgica em Glaucoma e Catarata.
Oftalmologista pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP, realizou sua especialização na área de Glaucoma na mesma instituição. Concluiu seu Doutorado e Pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais também pela UNIFESP/EPM.
Realizou sua pós-graduação em pesquisa clínica em Glaucoma em Nova York - Estados Unidos, no New York Eye and Ear Infirmary / New York Medical College.
Atualmente é Professor Afiliado e Orientador da Pós-Graduação no Departamento de Oftalmologia da UNIFESP/EPM , atuando no Setor de Glaucoma desde 2006.Saiba mais:
